Se quiser que os seus sonhos se transformem
em realidade, acorde.
Um ciclista foi, recentemente, tramado na sua própria terra e impedido de votar. Sobraram-lhe, na altura, os epitáfios para qualificar o que os políticos lhe fizeram a si e ao seu país nos últimos anos, a lembrar o que outros fizeram à senhora da bicicleta (doação do f.murteira). Mas alguém com olhos na sociedade apanhou-os de calças na mão, e pintou o momento com PALAVRAS, cantadas de mansinho, sem precisar de levantar a voz, com a música o mais branda possível. De inicio, somos enganados pelas aparências - as piadas disfarçam a raiva e são como facadas que nos trespassam. A voz também ilude, parece cansada quando se lamenta do quanto tem sido enganada, até aqui. De tanto se insultar a si própria ficamos de boca aberta, arrepiados, mudos de espantos e comovidos quando começamos a perceber que os insultos são para outros.
PS: Descontando "o que é que temos que fazer" do abrunhosa, da inadmissivel "censura" das radios e das TV´s ao paco e ignorando o "pois é" do jorge fernando, desde o zé afonso e dos mamonas assassinas que não se destapava uma pérola social assim (na linha de intervenção do sérgio godinho):
QUE PARVA QUE EU SOU
Sou da geração sem remuneração Sou da geração “casinha dos pais” Sou da geração “vou queixar-me pra quê?”
E não me incomoda esta condição Se já tenho tudo, pra quê querer mais? Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou Que parva que eu sou Que parva que eu sou
Porque isto está mal e vai continuar Filhos, maridos, estou sempre a adiar Sou da geração “eu já não posso mais!”
Já é uma sorte eu poder estagiar E ainda me falta o carro pagar Que esta situação dura há tempo demais
Que parva que eu sou Que parva que eu sou E parva não sou
E fico a pensar E fico a pensar E fico a pensar
Que mundo tão parvo Que mundo tão parvo Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar Onde para ser escravo é preciso estudar Onde para ser escravo é preciso estudar