CARISMA
... e chega um dia em que esse dia chega, in popular
Historicamente a sua existência deveu-se a um mau político em fim de mandato, a quer, à vista de todos, mostrar obra (chaise em alemão), tal como a ideia de um parque industrial por distrito e não em todos os cruzamentos, perdão concelhos. A coisa proliferou de tal modo que tropeçamos (curvamos) nelas a toda a hora e até o recente código da estrada nos dá razão. É um local onde verdadeiramente podemos desfrutar de uma segurança impensável até à pouco tempo, e com uma particulariedade muito sui generis mas pouco utilizada para a manutenção dos grupos.
A malta já andava a exigir outras retas (ou seria metas?) de forma a conseguir aguentar-se com as feras* e hoje finalmente lá se ajuntou um grupo sem “exibicionistas” e sem acordo tácito de se esperar pelos menos aptos.
O segredo foi dar umas voltinhas às ditas enquanto o pessoal com mais peso (gordura) nas subidas não chegava, porque a rolar, como se toda a gente tivesse pressa a caminho da praia, ninguém desprega um dedo que seja, mesmo quando se vai a 62 km/h. Será que são todos preparadores de sprintes?
Depois sim, o desacelerar para o convívio, sem o qual não faz sentido andar de bicicleta.
Por fim, como ninguém se conseguiu livrar uns dos outros, não obstante os esticões dos ultimos 3 km, Uvas Ku um atleta que aproveitando o feriado, saltou do banco (não do de suplentes) e que oscila/insiste, há meses em ficar invariavelmente pendurado – sozinho ou acompanhado – entre o grupo da frente e o detrás, aproveitou os olhares de vigilância mutua entre as feras*e vingou-se, num vigoroso sprint, do anonimato que tem sido forçado a passar.
PS: que pena o alto da abaneja não ter também uma.
* pessoal que treina a sério com o objetivo de participar em competições