Isto de trepar só é fácil para os brasileiros, se as brasileiras disserem que sim. Bom. Mais trepa menos trepa, também só conheço dois. Mas não sei qual é o mais e qual é o menos. Um é o Ricardo, neto do realizador Manoel de Oliveira. O tal que expiava lá de longe, com a maquina de filmar, a ver se as pessoas se mexiam. O outro é aquele rapaz ali da Barraca de Pau, recentemente cooptado para presi de CCE, sem ter ido a votos, o Dani.
Mas difícil, difícil é sprintar. E não é para todos. Alguns mete-se-lhes na cabeça que sim, só porque uma vez resultou com alguns "distraídos" na hora de tirar o rabo do selim. Atrapalham e fecham quem realmente percebe da poda - os brasileiros não para aqui chamados agora.
Depois no fim à altercações, discussões, insinuações e tostões, pasme-se. Há quem pague para não ter que assistir a isto, já com as bicicletas encostadas.
Isto só depois de ultrapassada que foi a fase do local: Cá para mim é onde está a placa, diz um. Qual placa? desconversam os mais velhos: a que tens na boca ou a minha?
Numa destas ocasiões lá vieram as queixinhas do costume:
Porque não viu bem ou chegou atrasado há sempre quem queira verificar a pauta classificativa final, mas só verbal e intervém como moderador entre as varias facções:
- Cale-se os dois, brigam depois!
Diz um:
- Este senhor, é um estupor!
Diz o outro:
- Desgraçadinho.
Um observador meio tímido faz um reparo:
- Escapou-se-lhe o pedal!
O representante, dos que são contra a disputa de sprints, aproveita para lançar achas:
- Ias derrubando o pessoal.
Finalmente o moderador, imbuído do espírito natalício, a bem do grupo:
- Sprinta em paz, ó corredor, mas longe daqui por favor.