«Só a maldade mantém os velhos vivos»
... Dedico este ensaio ao João - pela paragem das idas ao frigorífico a meio da noite; ao Aleixo - pelas descontraturas musculares; ao Pedro - pela incerteza das batidas; e ao Carrapato – pela purificação dos pulmões familiares - a todos eles pela perseverança e teimosia em recusarem o passar dos anos e por terem sabido provar que o desporto pode ser qualquer modalidade, seja como o sumo, em que dois marmanjos cheios de banhas, vestidos com um fio dental, se agarram mutuamente. Dir-se-ia que o vencedor é aquele que muda primeiro a fralda ao outro.
Preferiram o sofrimento, substituindo o banco de dirigente ou treinador, ou a bancada de adepto, por outro mais incómodo, de seu nome: selim. Penso que vão sempre querer continuar a brincar ao desporto tal como na infância e ao longo da vida. Mas a vida vale a pena ser vivida? Ora, meus caros, esta é uma pergunta para um espermatozóide, não para um ser humano. Em frente.