Estivemos perto do senhor. Credo! De mim? Dirá o leitor! Roçámos o céu. Enquanto subíamos, nunca um nome de um filme teve tanta razão de ser no nosso subconsciente: «o céu pode esperar», ou o livro que caracteriza a carreira do Pedro Delgado: «a golpes de pedal». Uma eternidade para se chegar lá acima.
Como seria nesta altura da época? Sim, se me autorizam a aliteração, direi que esta é uma época supersupersticiosa. Pessoalmente, não sou nada supersticioso, e até creio que superstição dá azar. Mas, como dizia aquele anfíbio, nem tanto ao mar nem tanto à terra. É bom lembrar que, muitas vezes, aquele que não acredita em nada anda à procura de alguém que acredite nele. Há criaturas mais cépticas do que S. Tomé: elas só querem ver para não crer. Como suspirou alguém, «eu não acredito na vida depois desta, mas trago sempre um par de cuecas extra comigo»
Bom, minha gente, a descida demora 10 minutos só que esses dez minutos galopam com o freio nos dentes. Para mim, isto é que é imagens em movimento e não o João Baião[1], que só corre pra burro.
A costeletada final acabou por se transformar em mariscal, com todo o maralhal a emborcar cervejal. Assim com autenticas paredes no fim das palavras como que a bradar aos céus. Foi a literatura que apanhou o ar da Sierra, hiupi! Glupi, la cerbeja és mui buena, e o regresso... um sucesso.
[1] Já que se fala em portugueses, mas por razões mais válidas, convém referir a talho de foice, que encontrámos a Susana Feitor a preparar-se para os Mundiais de Sevilha onde viria a obter o primeiro lugar dos não medalhados. Estava também no Centro de Estagio de Alto Rendimento a equipa de futebol do Elche onde militam dois jovens portugueses. Foi aqui também o ano passado que esteve o Paulo Guerra e que ninguém quis acompanhar porque não estava provado que o treino em altitude desse resultado.