Olá a todos:
Já sei que é um pouco tarde (aproxima-se a edição do ano 2000), mas andei muito enleado esta emana, para me poder concentrar na crónica da cicloturista.
No domingo ás 6:30 da manhã já estava desperto. È muito cedo para me levantar da cama (tinha posto o despertador para uma hora mais tarde), mas depois de 10 minutos dando voltas na mesma, levantei-me. Gastei um pouco do tempo, porque senão ia comer demasiadas horas antes que se desse a partida (ás 10:00, que foram afinal, uns minutos mais). Ás 8:30, mais ou menos, já estava em Riosa, e fui buscar o dorsal. Já andava por ali o Andres. Conversámos um bocado, recolhi o dorsal, e quando chegaram o Antonio e o David, fomo-nos vestir. Na partida estávamos juntos o David, o Antonio e eu, mas o Andres não o vimos. A bicicleta que sorteavam, por suposto, não me tocou a mim. Os organizadores e a guarda civil não cessaram de recomendar-nos prudência, em especial na descida que estava em obras, e que depois, pudemos comprovar, muito perigosa.
Partimos com algum atraso, e as pessoas já tinham começado a correr. O Antonio, o David e eu começámos a coisa com tranquilidade. Na primeira subida séria, não apertamos. Eu não a conhecia (mas sim o resto das subidas), e não queria deixar o pessoal tão rapidamente. A descida em obras, bastante perigosa, sobretudo, se queres descer depressa. Pergunto-me o que se teria passado se estivesse bem asfaltada, dado que as velocidades que se pudessem conseguir poderiam tê-la tornado mais perigosa ainda. Terminada a descida, juntamo-nos de novo (tínhamo-nos separado um pouco na descida), o Antonio, o David e eu, e pomos um ritmozito até ao abastecimento, já tendendo a estrada, para uma certa inclinação. Comemos bem, apesar das pressas do David, e encontramos o Andres, que já se ia embora. Depois de ter-mos comido, retomamos a marcha, já avistando o começo da subida da Cobertoria. David e eu destacamo-nos ligeiramente, e eu (grande erro) começo a subir demasiado depressa (para o meu estado de forma, claro). Os dois últimos quilómetros da subida tornaram-se-me durinhos, e o David destacou-se uns 200 metros. Logo após coroar, o único tandem que havia na marcha teve um problema com a corrente, partiu-se-lhes e foram parar ao chão. No cimo da Cobertoria estava a assistência técnica e avisei-os para que descessem e lhes dessem uma ajuda. Mais tarde pude comprovar que lhes arranjaram a avaria e puderam continuar. Chegado ao cimo, comemos, bebemos, descansámos, e para baixo. A descida é perigosinha, sobretudo tendo em conta que podias encontrar em qualquer momento um carro de frente. A verdade é que não descansei muito na descida, assim é que afrontei a seguinte montanha (La Soterraña) com 500 metros de plano desde o final da descida, e um pouco cansado.
A subida à Soterraña tornou-se-me muito comprida. Não estava à vontade, doíam-me os rins, e recordava-me do desgaste da primeira parte da Cobertoria. La estava o alto, a parte mais dura era no final, e ali ripostei com o meu 39x25 até coroar. De novo, o David esperava-me lá em cima, desta vez deve ter-me sacado uma maior vantagem. Era curiosa a vista que havia dali, dado que se divisava perfeitamente Viapára, a uma altitude similar á que nos encontrávamos. Que pena que tivesse que descer para Riosa para voltar a subir!
Comidos e bebidos (não pensem mal) começámos a descida. Havia algumas curvas feias, que estavam perfeitamente marcadas com cartazes. Chegados a Riosa, e eu, com a firme convicção de não tentar subir mais além de Viapára, começámos a ultima ascensão da jornada. Uns 5 quilómetros fáceis, dentro do possível, nos quais não acusei já tanto o cansaço como na subida anterior. Isso sim, "meti tudo" o que levava desde quase cá de baixo. Ao chegar a Viapára, o David decidiu que não iria tentar subir a segunda parte da ascensão completa, e pôs o turbo. De novo me deixou pregado, ainda que, dado o pouco terreno que faltava, não me sacou muita distancia. Chegados á meta, bebemos, falámos e dispusemo-nos a esperar pelo Antonio e o Andres, que tinham decidido levar a coisa com calma para completar a marcha. Depois de esperar um bocado, e dado que começava a ser tarde para comer (só comi perto das 18:00 desse dia), o David e eu iniciamos o descida até Riosa, para apanhar o carro e voltar para Oviedo. Quase a começar a descida, encontramo-nos com o Antonio e o Andres, que pouco tempo depois iniciariam a ascensão final. O resto da historia já a conhecem.
Em resumo, uma marcha que achei bastante dura pela parvoíce de subir depressa para Cobertoria, quando todavia estava fresco, e sem ter em conta o que ainda estava para vir. Espero que nos Lagos de Covadonga, já que tenho previsto comparecer, não tenha os mesmos problemas.
Para os que haveis aguentado todo o rolo, os meus mais sinceros parabéns.