02 de Fevereiro de 2015

Não se enriquece, quando há dividas. Para as

fazer desaparecer, só há uma maneira: pagar

Toda a gente se questiona sobre o futuro da europa agora que o syriza estatuou revoltar-se: sairá a grécia do euro? Vamos lá descobrir:

A europa, com o seu conjunto de países com línguas e hábitos culturais tão díspares (extremados na grécia e alemanha), é como um grupo de ciclismo onde há gordos e magros, altos e baixos, velho e novos, desempregados e reformados, médicos e militares, etc (corporizados nos velhos e novos).

O que é que provoca este mal-estar na europa? O euro, claro!

O que é que provoca o mal-estar num grupo? A velocidade, claro!

Vejamos: há os descontentes com os andamentos altos, porque não os deixam respirar, mas sempre prontos a fazerem revoluções com as suas queixas, quer seja sobre o local de partida, a hora que é muito cedo, o percurso que não devia ter sido aquele, o andamento, o café que não tem bolos, e até a chegada, que quando não é na palmeira não tem condições. São velhos mas o seu espirito é de jovens, constantemente prontos a criticar tudo, a partir a loiça toda e a dizer não pagamos (sejam propinas ou outra divida). São exatamente o syriza.

No outro extremo estão os jovens: querem lá saber qual é o percurso, a hora de saída, o café ou o andamento. O que está, está bem. Se está instituído que a partida é às 8 da manhã com chuva ou não, que seja, nem pestanejam. Aceitam as regras, são conservadores tipo merkel, porque só pensam neles e em manterem-se no topo com a rica vida que o estatuto lhes proporciona.

O facebook veio dar-lhes mais relevo com a publicação de fotos ou referencias às suas performances e dos seus parceiros. Gabam-se uns aos outros. As estatísticas, então, são demolidoras com a frieza dos números que o strava revela, o que deixa qualquer um de boca aberta, e cheio de inveja. São a outra parte oposta da europa, os alemães da sra merkel, querem lá eles saber da austeridade ou da velocidade de desenvolvimento dos outros.

O confronto recente entre o syriza e merkel faz prever que algo vai mudar para melhor ou para pior. Melhor se houver alívio para a grécia, (já se experimentou isto no grupo, que aceitou baixar o andamento durante alguns domingos, mas não resultou).

Para pior, se os gregos tiveram que sair do euro (já se experimentou isto no grupo, quando alguns saíram e se formou um grupo aparte, e também não resultou)

O melhor ou o pior acontecerá, se tanto a alemanha como a grécia, insistirem em arcar com as consequências da sua atitude extrema. Uns por aumentarem o ritmo, outros desistindo do grupo e indo para outro lado á sua conta e risco.

Nem os gregos são realistas, por não quererem andar àquele ritmo, nem os alemães o são por quererem impor um ritmo alto no pelotão e estão-se nas tintas para quem não os conseguir acompanhar.

Este colete-de-forças entre velhos e novos é igual ao impasse em que o euro colocou a europa. Os velhos querem que o andamento baixe (salario mínimo a 750 € e luz grátis para os pobres), mas só o podem fazer contando com a boa vontade dos novos, perdendo estes a possibilidade de acumularem kom´s no strava (salario mínimo de 1500 € e volkswagen para quase todos) e de puxarem pelo corpo e pelas suas lindas cabras que tanta falta lhes fazem nas retas.

Mas os alemães não estão para isso: não tem de pagar as manias gregas, estão-se marimbando para quem não os consiga acompanhar. Não querem baixar o nível do ritmo de vida alcançado.

Enquanto houver novos e velhos no grupo, entenda-se democracias nacionais, não saímos disto. De vez em quando fazem-se escolhas políticas (eleições) com apelo ao voto e a economia (o grupo) tem que se adaptar. No euro a economia não se adapta. Mas o grupo também não, por causa da velocidade. Parece iminente que o sistema político (o grupo) irá desfazer-se, a continuar assim o syriza é só o começo do fim.

Mas é mentira.

O grupo suportou estas diferenças, aguentou-se e está cada vez mais reforçado. Uns aderindo aos velhos, cá atrás com o coração na boca e outros aos novos, lá na frente, com o sangue na guelra. Os do meio, são os indecisos, mas esses ao contrário da política só lhes resta ingressar nos velhos (ninguém fica mais novo com o passar do tempo, antes pelo contrario).

Portanto é fácil prever o futuro do velho continente:

A grécia vai-se aguentar pagando ou não a suas dívidas com maior ou menor complacência da alemanha, perdão dos mais novos. Estes vão continuar a impor ritmos asfixiantes que deixarão sem fôlego os mais fracos (grécia, portugal, etc.). E (ao contrario dos velhos) vai sempre pensar se deve continuar lá ou abandonar aquele grupo. Viverá entre, o orgulhosamente só ou mal acompanhado ou submeter-se à pobrezinha mas honrada.

Será sempre um enxovalho para a europa, ou não, deixar andar lá no grupo a grécia, coitadinha que já mal se mexe e não aguenta o andamento.

PS: a dívida helénica será paga quando os velhos ficarem novos, i,é., lá para as calendas...gregas.

publicado por Ubicikrista às 02:04

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