Durante os descobrimentos o gajeiro dispunha
de 2 gritos: piratas ou terra à vista
O ti róbak alugava, perdão, desempenava (já lá iremos) bicicletas para se aprender a cair, perdão novamente, a pedalar ali nos limites da sra da gloria, à 50 anos por 2 tostões à hora. Era raro o que sabia andar, apenas o jaime da marisqueira, que gastava o tempo até se fartar e depois emprestava a baique, a quem o acompanha a aventurar-se. Os outros todos procuravam o equilíbrio, mas por aquele valor, só adquiriam nódas negras nas canelas, já que os pedais atrapalham e o guiador só dá jeito por ser o único varão onde uma pessoa se pode agarrar com toda a força do mundo, qual boia salvadora para quem não saber nadar, ió. Nunca se fiem de um varão, (a não ser que tenha uma lá tipa em cuecas) sobretudo o da casa de banho quando perdemos o equilíbrio durante o duche.
Por debaixo, coisa que não lembra nem ao diabo, daquele ferro quase horizontal até existiam, um em cada ponta, dois filhotes do varã bem mais pequenos, para serem usados com a ponta dos dedos sempre que haja necessidade de abrandar ou parar.
As constantes tentativas sem ajuda, mostravam a cada um que adquirindo mais velocidade, maior o equilíbrio mas também maior a queda, a acontecer. E acontecia. A rua tinha pouco mais de 50 metros até acabar numa parede. Como ninguém conseguia virar para a sra da gloria, havia que tomar uma das duas decisões imediatas durante o zigue-zague: bater de frente contra o prédio ou atirar-se do veículo ao chão antes do impacto.
Já não há robákes, mas ainda há engenhos a fazer fé (literalmente) segundo este audiovisual.
http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/portugal/detalhe/freiras_em_panico_saltam_de_velocipede.html