Aqui vai a crónica de minha Cicloturista de Angliru.....com certo atraso, porque agora deveria ter enviado a dos Lagos'99. Lá chegará.
A primeira coisa que quero deixar claro é que não estou de acordo com as criticas que se fizeram à organização da II Marcha Cicloturista Sierra de Aramo, Alto de L'Angliru.
Temos que ter em conta que é a segunda edição desta cicloturista, e dado que mudou de organizador, poder-se-ia dizer que na realidade é como se fosse a primeira (se bem que, é certo que entre todo o pessoal da organização vi pessoas que reconheci da edição anterior, assim sendo alguns certamente tinham experiência). Eu vi muitíssimas melhoras em relação à primeira edição.
Abastecimentos abundantes, tanto sólidos como líquidos (de facto eu acabei com mais comida nos bolsos da camisola, do que a que tinha quando comecei) :-).
O único túnel complicado que há, e que tínhamos que atravessar, até o iluminaram !!!! Flipei-me quando vi isto.
Havia muita gente da organização nos cruzamentos e em lugares complicados (comunicavam entre si por radio), cartazes indicando as curvas perigosas nas descidas, abundantes efectivos da guarda civil, ambulâncias, assistência técnica....
Criticou-se a descida da Mortera (não só entre os da lista, também ouvi gente criticando a marcha), mas é que não havia outro lugar por onde passar...podia-se ter alterado o percurso, mas estou certo de que todo o mundo preferia fazer o percurso que será final de etapa na Vuelta'99, e para passar desde Riosa, até La Cobertoria a única forma de o fazer é subindo por Mortera (como se fez) ou por Siones (cuja descida se junta com a de Mortera, assim o troço mau não o apanhas). Há outra possibilidade, que é ir até Oviedo, ou até às Caldas, mas isto é inviável por problemas de transito com os automóveis. Além disso estava para ver o que se teria passado na descida da Mortera se o asfalto não estivesse bom, com os kamikazes que por aí há.
Outra critica que se fez, não aqui, mas sim por pessoal que participou na marcha, é que os travaram, e não os deixaram atacar e irem-se embora na Mortera, que tampouco me parece justo. A organização, desde o inicio advertiu que se reservava o direito de reagrupar. E ainda que em nenhum momento o tenha feito, é lógico que travasse os “galos” ao principio, para que o pelotão da marcha não se alongasse.
Também se criticou o excesso de carros subindo-baixando na subida para Angliru. Mas disseram-no desde o principio (e varias vezes), que a estrada estava aberta ao transito. Ainda que me pereceu que tentaram que não subisse demasiada gente de carro para cima até Angliru, impondo uma espécie de controle, mas se houve problemas nas subidas com alguns carros, foi por pura irresponsabilidade dos acompanhantes, não creio que a organização tivesse a ver com isso, nem nada para dizer a este respeito. De todas as formas volto a dizer que esta é a segunda edição, e na edição anterior apenas fomos 250, este ano com quase 700 participantes, eram imprevisíveis muitos dos problemas como os que se encontraram, além disso, já se disse por aqui na lista, que se iria utilizar a marcha como teste, com vista à Vuelta'99. Creio que também anotaram o que ocorreu para que na Volta sejam tomadas as medidas adequadas, e na próxima edição da cicloturista estou certo de que estará ainda melhor.
O tema do atraso com a entrega dos diplomas, tem uma explicação simples: estragou-se-lhes a base de dados. Um problema informático que explica o atraso (e que aqui na lista sabemos todos, mais ou menos, que é uma coisa que desgraçadamente pode acontecer a qualquer um de nós) :-(.Mas os diplomas foram enviados por correio, para casa de cada um).
Quiçá a critica que eu faria à organização, é à hora da partida, porque (sobretudo para as pessoas de fora das Asturias), ao partir tão tarde, termina muito tarde, e depois espera-os uma grande viajem de regresso por a cicloturista ser ao Domingo, pois pode-se tornar bastante duro o regresso de carro (já que na segunda-feira tem que se voltar ao trabalho).
E depois disto tudo, todavia ainda não comecei com a crónica...enfim, isto é o que me lembro do que aconteceu:
No dia seguinte à marcha tinha um exame, assim na noite anterior estive a estudar, e deitei-me bastante tarde, e mais nervoso pelo exame do que pela cicloturista, pela manhã quando suou o despertador, apaguei-o e voltei a adormecer....mas graça a Deus, despertei de repente, olhei o relógio eram 8:15 (e tinha ficado assente encontrar-me ás 8:30 com o Antonio para que me levasse). Assim, a toda a pressa, tomei o pequeno almoço como pude e preparei-me, desci à rua e já lá estava o Antonio à minha espera. Chegámos a Riosa, e a organização indicou-nos por onde teríamos que ir para estacionar (Riosa é muito pequena), mas tinham facultado um campo de futebol para servir de estacionamento (outro detalhe de boa organização, o que não aconteceu o ano passado). Antes de nos prepararmos definitivamente, abandonamos as bicicletas, e fomos levantar os dorsais. O sitio de recolha dos dorsais tinha sido alterado, seguramente para melhor, mas não era onde eu pensava e que propusera como local de encontro, para ficar a conhecer os ciclolisteros que ainda não conhecíamos, os Asturianos da lista....enfim, o Fernando e o Andres estavam justamente nas escadas que desciam para o Polidesportivo (desde logo o melhor sitio para se esperar...se tivesse sabido), assim, cumprimento-os, trocamos impressões: o Antonio, e o Andres levam carreto para tentar subir até lá acima, eu não, e estou indeciso (não me importo de pôr pé em terra por não ter mais mudanças), e o Fernando está convencido de que ficará em Via Para (também pelos carretos que leva montados). Quando levantámos o dorsal, apercebemo-nos de que este ano também se sorteia uma bicicleta, que surpresa e que ilusão! Vamos ver se me calha!
Voltamos ao carro, mudamos de roupa, e preparamo-nos (e começo-me a enervar....deve-se ter notado porque o Antonio tenta-me tranquilizar), dirigimo-nos ao Polidesportivo onde já está o Fernando montado na sua bicicleta, e esperamos um bocado para ver se aparece o Andres, mas nem rasto dele, nem de ninguém da Ciclolista que tivesse vindo de fora :-( Assim empreendemos um passeio, pelo sentido oposto até à partida. Ao ver um tipo de um clube de Valladolid, digo-lhe: "O ano passado estive com um do teu clube nesta cicloturista", olha-me diz: "Foi comigo"....granda corte....e esclarece-me: "Acabo de te reconhecer". (Se leram a minha crónica do ano passado estarão recordados dela....não lhe perguntei o nome, porque sei que é inútil já que me iria esquecer.
Vejo que há varias raparigas. Surpreende-me, porque o ano passado não havia nenhuma, e porque não é normal que compareçam ás cicloturistas duras (devia haver 5 ou 6), e se uma chegou até ao cimo (embora com pedaleira tripla), além disso foi a primeira rapariga em Via Para (a moça deve andar mesmo bem).
Já na praça do ajuntamento, mais ou menos apertados sorteia-se a bicicleta (o sorteio é feito pelo Julio Jimenez "el relojeiro de Avila"....Tinha graça se me saísse a bicicleta, e me fosse dada por um mito do nosso ciclismo, mas não me saiu nem a mim, nem a nenhum de nós....mas saiu a um da cicloturista Expert Llanes...são gente boa...o ano passado foram eles que me tentaram levantar a moral quando estava já em Riosa ao lado do carro). Também estava o Angel Arroyo (mas como participante, na parte final desceu-se da bicicleta na descida da Mortera para acompanhar o acidentado da jornada em ambulância, e depois voltaria para fazer só a subida a Angliru, que fez sem se apear, com ajuda da pedaleira tripla...segundo contou um jornal local). Deram-nos as indicações oportunas para realizar a marcha, advertindo-nos da perigosíssima descida da Mortera ainda em obras, e Julio Jimenez deu a partida:
No principio a estrada é encosta abaixo, e apesar de que a maioria vai bastante depressa eu deixo-me ir, depois chega-se à estrada Nacional, vou junto com o Antonio e o Fernando (o Andres tinhamo-lo perdido), vemos um ou outro furado (tão cedo), passamos ao largo do desvio para Peneruedes (uma montanha a que fomos poupados no que respeita à edição do ano anterior), e chegamos a Soto de Ribera onde começa um troço de rompe pernas, mas como vamos muito devagar nem o noto. Por fim chegamos à subida a Mortera (que é muito mais inclinada que Siones, que está um pouco mais longe, e que vai parar ao mesmo sitio que a de Mortera, e foi a que se subiu o ano passado). De inicio afogo-me um pelinho porque durante toda a semana não fiz exercício :-(,e porque o ritmo do Antonio não é que seja forte, mas tampouco é suave, além disso está muito calor, creio que por culpa da central térmica que há nas proximidades. Pouco a pouco vou ficando melhor bem e já respiro com mais desafogo. Chegamos lá acima, e ali justamente quando ia começar a descida, tive que pôr o pé em terra para não levar com um carro de uma tipa que estava a seguir o marido, mas que bem que ela está *lixando* os que estavam na complicada descida da Mortera. A descida estava toda inteirinha em obras e era muito perigoso, porque é muito empinado, com troços que andarão muito próximos dos 20%, enquanto descíamos vimos que tinha havido um acidente (já ali estava a ambulância), mas eu não vi muito bem, porque ia concentrado na descida (disseram-me que era um único tipo, o acidentado, e que tinha sangue na cabeça, provavelmente não levava capacete).Já embaixo, ouvi muitas criticas a respeito da descida (é certo que estava em muito mau estado, e que era muito perigosa, mas a única alternativa viável, era fazê-lo em sentido contrario, ainda que duvido que as rodas traseiras tivessem tracção com esta inclinação, e toda a gravilha e terra solta que havia). Desde onde estávamos até à Cobertoria, a estrada picava toda até ao alto, e tínhamos bastante vento de frente, mas íamos muito calmos (20-23km/h) assim como quem não quer a coisa, ainda deixámos (apesar de meu desacordo) abalar um grupo que nos ultrapassou e que ia a 25-27km/h (penso que é o mesmo (o mesmo esforço) ir a mamar na roda a 25-27km/h de um grupo, que ires tu a puxar a 20-23 km/h quando tínhamos o vento de caras), passamos por um túnel muito longo, não iluminado, mas que temos que fazer! SURPRESA! Tinham-no iluminado, pareceu-me um grande requinte da organização. Por fim chegamos ao abastecimento (situado 10km antes do que indicavam os perfis que nos tinham dado). Vimos ali o Andres, embora não tivesse ficado claro se ia à frente ou atrás de nós. O abastecimento é abundante, muito mais que o ano passado, e ao fim e ao cabo ainda não fizemos nenhum desgaste importante (a diferencia em relação ao ano passado é que houve menos comida, e mais dureza antes do abastecimento). Aceitamos a coisa com calma (creio que excessiva), e por fim :-) lá abalamos. Apanhei os sacos de plástico de nós os 4 e fui-os meter numa lixeira, ainda que tenha havido quem as abandonou por ali na zona do abastecimento ...não está certo, mas tampouco esteja muito mal, porque sabem que as pessoas da organização as recolherão. O que está mal foi o que fez um, em que apanhou o saco e atirou-o a 5 ou 7 quilómetros do abastecimento aonde ninguém o irá retirar (não vi ninguém a fazê-lo... telo-ía apertado, mas vi sacos abandonados.... mas há quem o faça, PORCOS). Nalguma subidita da estrada que continuava a empinar até ao alto, o Andres fica para trás, eu sei que não vai mal, suponho que quer ir com calma, muita calma, o Antonio fica à espera dele, e eu comunico isso ao Fernando. O Fernando e eu que íamos "puxando" pelo grupo em o que estávamos, afrouxámos, mas finalmente acabámos por abalar para a frente (eu, enquanto fosse com alguém que me mantivesse num ritmo por debaixo do que as minhas forças me exigiam utilizar, sabia que ia a ir bem). Começámos a subir a Cobertoria e o ritmo do Fernando por momentos pereceu-me excessivo e deixei que se afastasse um pouco (não é que não o pudesse seguir, é que não queria forçar na Cobertoria, queria guardar forças para subir o Angliru...e como não levo pulsómetro, a diferença em relação ao Andres ou ao Antonio é que eu regulo-me por sensações) ...de todas as formas o Fernando vai um bocado aos esticões, e quando se põe de pé distancia-se um pouco, e quando se senta recupero o que me separa dele. Maravilhosa a sensação de ultrapassar as pessoas, não porque sejam todos aqueles os que te passaram. Olhar para baixo da estrada procurando os que vêem por trás, ver que distancia lhe vais metendo pouco a pouco, não os veres e perguntares-te quanto tardarão a chegar ao pé de ti, é uma sensação maravilhosa (a verdade é que tinha apanhado um susto na Cobertoria na minha cicloturista do ano passado, de facto, desde o meu fracasso do ano passado vivia obcecado para voltar a ressarcir-me, e tinha treinado muito nas estradas pelas quais transcorre a marcha, mas não me atrevi em nenhum momento a voltar a subir a Cobertoria, simplesmente tinha-lhe receio). Quando ultrapassávamos algum que ia mal ou muito mal mesmo, recordava-me logo de mim no ano anterior, dava-lhes ânimos (também passámos uma moça, mas embora fosse muito cascada, vimos muitos tipos que iam pior). Chegámos à parte mais empinada da Cobertoria e notei como me custava já um pouco a subida, comecei a ter sensações de estar a fazer um esforço a sério, assim decidi deixar de lado a hipótese de subir até a Angliru e acelerei um pouco o ritmo, e o Fernando pouco a pouco foi ficando para trás (ainda que não lhe chegue a meter grande distancia em nenhum momento), cheguei à altura onde ia o único tandem da marcha, e justamente quando os passei, estavam a tentar que as mudanças entrassem, e parecia que não lhes entravam, de repente ouvi: CRACK! e um deles disse: "partiu-se a corrente", olhei para trás e vi que tinham caído, por não poderem tirar os pé dos pedais automáticos a tempo e sincronizadamente. Decidi incrementar o ritmo para poder avisar lá mais acima da avaria (já só deviam faltar 700 metros ou menos), e quando cheguei ao alto, deram-me o abastecimento liquido, e avisei-os da avaria do tandem. Daí a pouco chegou o Fernando e voltou-os a avisar. Mais lá para cima havia dois carros da assistência mecânica, e rapidamente desceu um (no jornal local, li que afinal lograram chegar até ao Angliru, mas que se lhes partiu a corrente 4 vezes! ... pobres ....sobretudo se nas quatro caíram) :-( Depois de hidratar os nossos corpos :-) e de que o Fernando vestisse o impermeável para o presumível frio da descida (até esse momento o dia tinha estado bastante nublado), começamos a parte perigosa da complicada descida da Cobertoria, digo ao Fernando que descartei a possibilidade de subir até ao alto, e diz-me que vai tentar (que de certeza que de seguida dará meia volta, mas que vai tentar), e como leva um 39x25 e eu um 39x26 animo-me a ir tentar com ele... a meio da descida começa a luzir o Sol....a descida termina em Pola de Lena, que atravessamos apenas num minuto a toda a velocidade, eu comi uma barrita energética como pude, e logo que acaba P. de Lena, começamos a Soterrana (ou a Cordal como se queira), passado o primeiro quilómetro damos conta de que o Sol bate muito forte, entre outras coisas porque nos encontramos com outro abastecimento liquido não previsto (outro detalhe de uma boa organização), passada a primeira parte dura, a inclinação suaviza-se, e eu sem me dar conta vou deixando para trás o Fernando e começo a achar que estou fortíssimo, suponho que era do efeito da barrita energética, o caso é que passei um montão de gente, cada vez mais rápido chegando a pôr-me a 18km/h, até onde se volta a empinar seriamente a Cordal.... o Sol dá muito, muito forte, e o ultimo quilómetro torna-se duro, num determinado momento olho para baixo e vejo que uma das pessoas que vou deixando para trás é o tipo de Valladolid (não me dei conta quando o passei) :-} Ufff...Já estou cá no alto....abastecimento solido....eu bebo...e bebo...e bebo....bom, agora tenho que comer qualquer coisa, mas a verdade é que com o calor que faz custa-me comer demasiado. Chega o Fernando também bastante cascado, embora penso que para mim o ultimo quilómetro foi o mais duro. Olho para as horas e vemos que não vamos muito bem de tempo (claro que temos tempo antes do encerramento do controle, mas tampouco se pode dizer que nos sobra uma hora). Fernando dá-se conta de que dali se vê Via Para, e de que estamos à mesma altura (pode ser que um pelinho mais altos), e comentamos que é uma pena ter que descer até Riosa para voltar a estar à mesma altura e somente a poucos quilómetros em linha recta. Meto parte do que não comi nos bolsos, mas como não me cabe todo deixo o resto no saco. E para baixo. Eu passo a descida a pensar no meu exame do dia seguinte, e que já é tarde, e no pouco tempo que vou ter para estudar à tarde. Mesmo assim, continuo com esperanças de chegar até ao alto, enquanto o Fernando, segundo o que me disse, já pôs de lado essa hipótese, porque diz que passou muito mal em Soterrana. Chegamos a Riosa, volto à esquerda e entramos na temida estrada de Angliru. O Fernando disse-me: "Tu atira-te para a frente que eu vou tomar a coisa com muuuuuuuuuita filosofia" :-) mas como eu estava a pensar ir até ao alto, precisamente por isso iria forçar, subimos a 9km/h,e passamos um grupo em que está o já famoso tipo de Valladolid (não devia ter de parado tanto como eu no abastecimento da Soterrana), desta vez sim cumprimento-o e pergunto-lhe se vai até lá acima, disse-me: "O ano passado nem pensei nisso, mas creio que este ano vou tentar.", eu comento-lhe que se calhar também irei tentar, observa-me os carretos que levo e com um gesto de desaprovação diz-me que não vou preparado (ele leva pedaleira tripla).....nos sítios mais duros não me quero pôr de pé para não subir as pulsações, mas noto dores muito fortes nas pernas ao forçar nas subidinhas, e predisponho-me a subir até lá ao alto, volto-me a recordar do exame, de tudo o que tenho que estudar ainda, e do tarde que se me vai fazer se chegar lá acima (eram quase as 15:30....calculo que pelo menos dariam as 17h se pretendesse subir até ao alto, ainda por cima cascado, e com carretos que me obrigariam a fazer muitos troços a pé), assim apesar da dor nas pernas, continuava a manter a chama que tinha ido guardando.... meto o turbo... mas já estávamos quase no final, portanto tampouco fiz demasiadas ultrapassagens:-) e finalmente terminei. Fernando ofereceu-se para me levar de volta a casa, e assim não tenho que esperar pelo Antonio. Depois de uma ligeira conversa com a mulher do Antonio que estava em Via Para, descemos, e encontramo-nos com o Antonio e o Andres que estavam a chegar a Via Para, vinham muito inteiros, assim que de certeza que chegariam até ao alto (como fizeram).Durante o descida chamei a atenção a muitos que desciam muito vivamente, sem nenhum respeito para com as pessoas que subiam.
Eu, mais que muito satisfeito, claro que também, fiquei um pouco vazio.... depois de 1 ano obcecado (literalmente) com esta cicloturista, fiquei um pouco como que desnorteado, já tinha conseguido ressarcir-me, e: "?agora o quê?". Enfim. Terei que procurar outra meta. Por certo que nessa tarde estive a estudar, mas à noite comecei a sentir-me mal, e tive que ir para a cama (tinha queimaduras nas pernas, braços, nuca e cara....não tinha posto creme porque não havia Sol quando partimos, nem parecia previsível que viesse a haver e muito menos tão forte), e muita sede, e dor nos olhos.... vamos lá, penso que tinha sintomas de uma ligeira insolação.