Sou um português desempregado da tv portuguesa desde que tive a ideia como estagiário de prolongar em direto as imagens do apedrejamento aos polícias e que tramaram o nuno santos da RTP. Ao contrário dele que ficou cá para ser ouvido pela ERC eu decidi aproveitar a oportunidade, há quem diga que é expulsão, que o meu país em crise me deu, por sugestão do vosso (já aí não estou) primeiro-ministro e do também “vosso” presidente da comissão europeia. Agora trabalho aqui para uma estação da tv americana que faz parte de um grupo de canais e programas, a OWN (pelas iniciais já se vê - a outra é de Network) propriedade e principal acionista da maior entrevistadora do mundo, a Oprah Winfrey, uma espécie de judite de sousa à americana, ou melhor a felícia cabrita do crime de investigação. Disponho de dinheiro a rodos para fazer subir as audiências – contrataram-me logo ao verem a nacionalidade no currículo, e porque constava lá que trabalhara num banco, o que é verdade pois sempre gostei da carpintaria como atividade lúdica.