07 de Setembro de 2010

Em latim português dever-se-ia dizer alongamembros,

porque é disso que se trata em relação ao ciclista, I

 

Sempre que se monta na sua bicicleta, o ciclista devia deitar a mão a toda a coisa que apanhasse durante o tempo que anda em cima dela, adiante explicaremos porquê. Deveria discutir com os companheiros de estrada, empurra-los, sem chegar a vias de facto. Fazer peitaça e cara de mau. Ameaçá-los com o punho e até fazer gestos obscenos. Coçar as partes hortícolas e de saneamento. Fazer tudo o que é feio e do piorio. Dar pontapés é que não se aconselha, mas fingir que lhe vai dar -  tirando os pés dos pedais -, sim. Tudo sempre na maior segurança. Em suma um comportamento indigno, aparentemente.

Desta vez fabulando (com animais) a ficção (com pessoas), temos um urso e um coelho felpudo, que lado a lado faziam as primeiras necessidades sólidas matinais (as fisiológicas foram antes), quando o urso inesperadamente pergunta ao coelho:

- Largas pêlo?

“É pá eu cá sou de boas famílias e isto é material de primeira necessidade” (grrr que coincidência).

Perante isto o urso pegou no coelho e serviu-se dele como alimpante.

Pois é, às vezes em vez da bazófia (ah e tal eu deixei-os ir embora porque quis ou fugiram-me porque estava a beber agua e não consegui meter o bidão na grade) deveríamos ficar calados, ao invés de nos precipitarmos numa resposta.

Ainda se lembram de ter dito: aparentemente, em relação ao comportamento indigno dos ciclistas? É que estar-se horas a pedalar, concentrados na roda do ciclista da frente, vigiando os carretos e a roda pedaleira dos que passam, nos esquecemos de mudar as mãos nas diferentes posições que um guiador permite. Resultado, os membros superiores e inferiores (como se chamam os do meio?) adormecem, o pescoço não vira, os pés formigam e o rabo (mau, mau) é de cada um. Ex: há quem desenganche o sapato, coloque o peito do pé no selim e se sente em cima do calcanhar. Grande coisa dirão alguns, a Branca de Neve escondia os 7 anões (bom, bom).

Retomemos a fábula. A meio da manhã, o leão, rei e senhor da selva (Porquê? Nunca percebi. Por ser o mais selvagem de todos? Adiante veremos) aproximou-se do urso e em surdina pespegou-lhe:

- Com que então tu, alto, forte e com a mania de machão, vi-te à bocado a abafares a palhinha do coelho felpudo, e já contei a toda a gente.

Pois é, às vezes podemos até sacanear alguém, mas deveríamos pensar que há sempre um filho de uma mãe de um Luís Horta qualquer (segundo C. Queirós) pior que nós.

Posto isto, apontemos-lhes os defeitos, que para nós são virtudes:


publicado por Ubicikrista às 17:35

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