01 de Outubro de 2009

INTRODUÇÃO

«Um conciliador é alguém que alimenta um crocodilo,

esperando ser devorado por último.»

 

O futuro! Nada mais é igual. Voltar lá. Sempre. Treinar como? E no dia a dia? Arrastarmo-nos ao Domingo ou treinar tudo igual com um objectivo? Ou continuar a fingir que treinamos, que competimos ao domingo, que os passeios bons são os de domingo, que nos enchem o ego durante uma semana enquanto esperamos mais 8 dias para nos metermos numa fuga e conseguirmos chegar à frente de um que é melhor que nós? Bóra! Bóra.

Próximo passo? Paris-Brest-Paris? Uma vez pedi tácticas de liderança a um velho sabido destas andanças do ciclismo, que elucidou a sua estratégia de um modo epigramático: «Se não os puder convencer, confunda-os.»

Já agora, se o futuro a Deus pertence, quem se responsabiliza pelo passado? Mas arriscando sugestões para o milénio: naturalmente, começarão a ser construídos muros sem casas, será vendida H2O sem água, haverá mulheres sem sombra, bicicletas sem rodas, casamentos sem sogras, a Coca-Cola revelará afinal a composição do seu produto, existirão soluções sem problemas e este ensaio acabará agora.

Veremos então como mordem as eventuais... próximas! Ou quiçá, talvez um dia de são nunca à tarde. Reforço a ideia: lembram-se da resposta que o empregado deu quando questionado sobre o valor da despesa? “Se não comeu, comesse!” Aplica-se...

publicado por Ubicikrista às 17:00

Olá a Todos.

Ante as continuas suposições e preocupações por parte de lguns membros da Ciclolista, tenho que desmentir rotundamente que não me passou nada de especial na marcha dos Lagos. E digo nada de especial, porque o que me aconteceu, é o que acontece a qualquer "PARDALITO" na sua primeira marcha organizada.

Como não podia ser de outra maneira, o escrivão pagou a novidade de não se poupar atrás de um grupito, em vez de se pôr a puxar como um burro na 2ª das montanhas, nos troços de ligação, depois do primeiro "abastecimento" e depois da 2ª montanha; e não é que fosse por falta de companhia já que desta vez a representação da Ciclolista foi mais numerosa que a foi junta em Angliru, e estou certo de que eles fizeram o troço do primeiro "abastecimento" ao 2º, mais suave que eu , mas ....

Quando me viram na Huesera estava saboreando a paisagem calmamente porque não podia nem com a alma. E depois de todo o suplicio que é, calcula-se, chegar até o lugar desde de onde se vê o primeiro lago, e após observar que a meta estava situada no segundo , pensei "que me tinha perdido  ali em cima " e pus os pés em polvorosa na direcção contraria.

Por outro lado quero desculpar-me perante todos os que esperastes por mim lá em cima, por não ter conseguido chegar, mas é que estava todo roto.

Gostaria de comentar a enorme desilusão que apanhei nesta marcha (espero que não sejam todas iguais) enquanto à organização. Partindo do principio que se maneja uma quantidade excessiva de gente, gostaria de dizer que se lhes foge do controle deveriam tentar fazer uma marcha de mais qualidade e com menos gente, em vez de reduzir a qualidade da mesma com o único objectivo de encherem os bolsos. Abastecimentos escassos, perfil da marcha terceiro-mundista, nula sinalização de curvas perigosas e de passagens de nível, massificação nos autocarros (creio que deve ter sido o que motivou, a mais que um, voltar a Llanes de bicicleta fazendo 50 Km extras), etc.....

Uma coisa que também me surpreendeu foi ver como eu estando lá em cima entre as 14:00-14:30 e que quando eu baixava já subia a guarda civil, abrindo a estrada com uma fila impensável de carros atrás, quando todavia ainda havia gente a subir lá para trás, e no folheto da organização, estava bem claro que o fecho de controle era às 16:00, e que a estrada estaria cortada ao transito, desde as 11 da manhã até à dita hora.

A verdade é que não sei porque é que me surpreendo, se inclusive foi eliminada a marcha do circuito de ciclismo a fondo por a organização se ter negado a reduzir 500 pts no acto da inscrição aos participantes do dito circuito .

Não sei, crio que para o ano que vem se me passar pela cabeça voltar, o farei sem inscrição, já que não compensa o desembolso de dinheiro com o tratamento recebido.

publicado por Ubicikrista às 16:53

Olá a todos:

Como sempre, dos últimos nisto de enviar a crónica. Como já se contou muito à cerca da marcha, não me estenderei.

Às 5:20 da manhã de sábado, 10 minutos antes de soar o despertador, acordei sozinho e decidi levantar-me para matar o jejum, preparar as ultimas coisas e partir até Llanes (uns 100 Km).

Chego a Llanes perto das 7:30 (gosto sempre de chegar com tempo suficiente), estaciono e vou levantar o dorsal. Ali, encontro-me com Pablo Carcaba, que estava na organização, e dado que
tinha bastante tempo, estivemos na conversa um bocado. Dez minutos antes da hora de encontro estipulada, como uma sanduíche, dado que o desjejum tinha sido já esquecido pelo meu organismo. às 8:30 encontramo-nos no lugar estabelecido e  apresentamo-nos mutuamente os que não nos conhecíamos. A saída é dada pontualmente, e, ainda se falou em ir com calma, mas sai-se num ritmo vivo. Até à primeira subida o terreno é fácil, e vamos mais ou menos todos juntos (os da lista,
entenda-se). Quando começa a subida para Torneria, cada qual sobe com a suas forças (ou vontade de as gastar), e até Llanes não nos voltamos a juntar. A subida é complicada ao principio, com os maiores desníveis, e com muita gente em pelotão, que em muitos casos não te permite progredir. Após passar o topo, paro para fazer um 'xixi' e imediatamente encaro com a descida. Na primeira curva, muito fechada, estão a avisar de que houve uma queda. Um ciclista está espetado numa
rede que a organização colocou para que ninguém saia borda fora num ponto muito complicado. As curvas perigosas não estão marcadas, mas também é verdade, que no alto da montanha há uns cartazes que anunciam uma descida perigosa. A metade da descida livrei-me pelas pontas de uma queda que se deu por dois ciclistas se terem enganchado. Graças a Deus (para os que vínhamos detrás) os ciclistas e as suas bicicletas foram a barreira. Um ou outro, dos que vinham ao meu lado,  deteve-se para os ajudar. Eu segui quando vi que havia gente a parar, pois com o "transito denso" que havia, tinha medo que me batessem.

Chegamos a Llanes, juntamo-nos, comemos e bebemos (o que escassamente a organização tinha disponível) e continuamos. Até chegar à base de Covadonga, já está tudo bem contado como foi. Começámos a subida aos Lagos com calor demais para o meu gosto. Sinto-me bastante bem, mas apesar disso, ponho o desarrolho mínimo que trazia lá de baixo (39x25).

Até à zona de Huesera subo num ritmo aceitável, adiantando malta e saudando alguns conhecidos (entre eles, um do meu clube que tem 70 anos). Quando encaro a Huesera,  modifica-se ligeiramente a paisagem. A gente retorce-se na bicicleta, nalguns casos fazendo zig-zag, o que torna difìcil fazer ultrapassagens. De facto, um deles fez um "zig" demasiado longe e antes de poder fazer o "zag" meteu-se na barreira, com a subsequente queda. Passada a Huesera, e após um "descanso" chegam as curvas de Dua, acho-as acho mais duras que a própria Huesera. Passo-as apertando os dentes, mas sei que imediatamente a seguir vem um descanso daqueles a sério. Mais em cima, na parte do Miradouro da Reina, faço um gesto estranho com uma perna e dá-me uma ameaça de cãibra. Assustei-me um pouco, porque me parecia que ia bem, mas todavia faltava ainda o suficiente para ficar estendido na valeta. Portanto,  tomei a coisa com calma, e dai até à chegada não apertei em mais nenhum momento. No final, posto 908, bastante bom para mim.

O regresso a Llanes já foi narrado perfeitamente pelos demais, assim não insistirei. Agradecer, unicamente, o fabuloso  trabalho do Ramon puxando por nós boa parte do caminho.

Em resumo, um dia fantástico, onde nos juntámos um bom punhado de ciclo-listeros e que fomos capazes de ir uma boa parte do caminho todos juntos (ainda que conversando menos do que tínhamos previsto inicialmente).

publicado por Ubicikrista às 16:52

A partida era às 9 horas, e eu cheguei às 8:55...tive uns problemas com o carro...e por pouco não chego...de facto pensei que não ia chegar a tempo para a partida. Vesti-me rapidamente, e parti. Parti bastante à frente, porque tomei a saída num ponto ligeiramente adiantado do sitio real da partida. Mesmo quando parti já há um bocado que passavam ciclistas....o que se passa é que 3000 ciclistas demoram muito em partir. No principio fui com calma, depois dos problemas por pensar que não chegava a tempo, necessitava  descontrair-me um pouco....e passou-me bastante gente, recordo um que devia fazer culturismo porque cada uma das suas pernas fazia duas das minhas, e os braços igualmente gordinhos como as pernas, e umas costasssss...vamos que o tipo devia consumir uma garrafa de oxigénio nas subidas para alimentar todo aquele músculo, e ainda por cima com o que deve  pesar....o caso é que não o voltei a ver....não sei se o passei sem me dar conta ou então andava mais que eu. Depois já fui acertando um ritmo mais forte, até chegar à primeira dificuldade montanhosa. Ali passei bastante gente, sem demasiados problemas no meio de uma molhada deles  (suponho que por ir bastante à frente, e a molhada por estar a ficar para trás), subestimei a dureza da montanha e no final tornou-se-me mais difícil do que devia, mas não afrouxei, a descida era muito perigosa, com curvas muito fechadas que nem sempre se avistavam, uma grande pendente, e sobretudo um importante precipício. A organização tinha posto no principio da montanha um cartaz indicando que a descida era perigosa, mas não tinha nenhum sinal a avisar das curvas perigosas. Mas colocaram uma rede que impedia que fosses pelo precipício abaixo, eu não assisti a nenhuma queda, mas se há muito maluco, porque alguns passavam-me na descida (normal), mas outros adiantavam-se-me nos momentos complicados fazendo verdadeiras loucuras (e com o risco de irem parar com o corpo ao chão e arrastarem também o meu com eles).....enfim. Perdi um monte de posições na descida. De seguida, quase sem tramite chega-se novamente a Llanes onde estava o primeiro abastecimento (eu diria que o único...porque era o único solido). O abastecimento pareceu-me abundante...sim...sim abundante. É que alguns se queixaram de que era curto. O que se passou foi que para os primeiros, era abundante, mas para os detrás não. Eu ainda apanhei de tudo, mas sem abusar. Sem dúvida que havia alguns garraios que sacavam, sacavam e sacavam....por exemplo davam uns pastelinhos de chocolate (de Dulcesol....esta é para o Pablo Prieto), aos quais não vejo muita utilidade numa cicloturista....mas é que houve uns quantos que tiravam os pastelitos, os tais, e metiam-nos no bolso da camisola (incrível!!! Como se o chocolate não se derretesse....cuá! Como se na camisola lhes fizesse falta chocolatado!). Adiantei-me até ao final do abastecimento e vi uns gordos desses com cesta onde levam pessoas, que estavam de partida...havia um que andava um pouco abananado mas finalmente partiu...eu observava tudo isso, enquanto comia descontraídamente (tinha observado a média e como era de 28km/h supus que a malta da ciclolista andaria lá para trás...assim decidi esperar por eles). Já me tinha cansado de esperar e ia embora quando ouvi a voz do Charly que me saudava...tinha acertado, vinham detrás!) Perguntei-lhe pelos outros e disse-me que vinham atrás dele e do Faco, que andava por ali...de seguida apareceu Faco, e daí a pouco Fernando e Angel (que de inicio não reconheci, tinha-o conhecido o ano passado, mas vestido à paisana). Um pouco mais tarde apareceu Eugenio...e então  Charly que estava muito inquieto e foi-se embora. Perguntei pelo Ramon, embora não o conhece-se, e disseram-me que andaria lá para trás....depois inteirámo-nos de que não... na melhor das hipóteses ia na minha zona, de inicio...não sei. Apercebi-me, através da sua crónica, de que o Eugenio queria Aquarius e não havia....se chega-se a saber dava-lhe do meu bidão ....que não cheguei a terminar, e deixei encetado - (bom, após as "broncas" por não ter aparecido no encontro das 8:30, partimos de novo, o Eugenio pôs-se a acelerar no plano, com alguns relevos do Fernando e meus. Mas quando havia alguma subidita o Faco, que se pica com qualquer serra mínima,  ia para a frente (suponho que não está muito acostumado ao irregular terreno asturiano, porque se andasse habitualmente por aqui não se picaria com estas subiditas)) ....pouco a pouco, com a desculpa de me castigarem por chegar tarde, foram-me deixando puxar a mim, a verdade, é que me apetecia puxar no plano, estava bastante calor e o Sol colava, e isso calha-me  muito bem é no plano....ainda que me custe também subir (suponho que terá a ver com a minha pulsação mais alta que o normal) .... chegámos à segunda montanhazita que é muito alongado e o Faco vai ao meu lado, conversamos um pouco, até que me começam a doer as pernas e decido afrouxar. Faco vai para a dianteira e os outros já se tinham ficado. Na subida e na descida vejo um monte de invólucros de barras energéticas...atirados para ali, o que me chateia bastante...mas não vi ninguém atirar nada...assim guardei a vontade de dar uma bronca a algum porco. A estrada estava fechada, pelo menos no sentido do nosso andamento, e tinha sempre alguém da organização em todos os cruzamentos e caminhos para evitar que se metesse algum carro à estrada....muito bem. Depois da descida aperto para apanhar um grupo grande que tinha ao meu alcance (por certo que nas povoações as pessoas aplaudiam-nos, e as crianças gritavam e tudo....tal como aos profissionais). Pouco a pouco o grupo em que estou vai-se tornando maior, com grupos que vinham por detrás, e como o grupo em que vou vai-se poupando isso facilita as coisas, eu não incrementei o andamento porque deitando uma vista de olhos às caras do pessoal do grupo (aos que íamos na cabeça deste), fiquei convencido de que o que ia pior eu era.... tinha bastantes dores nas pernas, suponho que pagando a factura de ser só a terceira vez que andava em Maio, por culpa dos estudos (no dia 1, prova de 200 km com o C.C.Oviedo, e a cicloturista da Gamonal...tinham sido as minhas outras duas saídas....). Finalmente chegámos a Covadonga onde cheguei com alguma fome...e TCHAN, o abastecimento só é liquido: água ou coca-cola....nada mais. Ao principio não vi ninguém da lista, depois já vi que estavam por ali: Charly, Faco, Angel, Fernando e Eugenio. Quando nos dispusemos a afrontar os lagos (ia ser a minha primeira vez que subia aos lagos, pensei que seria mais ou menos como em Pajares....mas tornou-se-me muito mais difícil, não sei se pelo calor, ou porque é realmente mais difícil...por certo que na Volta'97 Tonkov ganhou em ambas as subidas). Dei-me conta de que estava ali o Javier Murillo...não tinha nem ideia do que ele tinha assistido...assim parei para falar com ele....depois de um intercâmbio de impressões, atire-me para o cimo, com pena de ter ficado sem a possível  companhia dos outros para a subida, o bom disto tudo é que tinha descansado de mais. Ao principio, como as arvores tapavam o sol e estava fresquito, encontrava-me muito bem, ainda ia controlando, mesmo assim doía-me bastante o joelho direito, quando desapareceu a sombra,  faltando já pouco para a Huesera, comecei a afundar-me...a Huesera pensava fazê-la facilmente, dado que  me dou bem com as percentagens bastante pronunciadas, mas não foi assim, justamente no inicio da subida comecei a ouvir latidos a retumbarem-me os tímpanos, e o coração sentia-o a mil à hora (não tenho pulsómetro), isso não era bom sinal para começar a Huesera. A Huesera tornou-se-me eterna...vou cada vez mas devagar, cada vez mais cansado, e mais doido (as pernas doem-me uma barbaridade), sento-me algumas vezes, mas não tenho “pica” sentado, assim tenho que pôr-me de pé para continuar a avançar. A dado momento antes da metade, pergunto a mim mesmo se haverá algum motivo para não pôr o pé em terra como fazem alguns que vão comigo, e não encontro nenhum; Se me lesionar tanto me faz, a minha temporada só dura até Agosto (pelos exames), e se me apear nos Lagos, ficarei com uma espinha cravada de não os ter subido de seguida, e teria que voltar para a fazer tudo à primeira...e não tinha nenhuma vontade de voltar ali....assim olvidei-me de qualquer tentação de me descer. No final assim que oiço a voz do Charly: "Venga David!", Procuro-o de uma mirada como posso, porque tinha os olhos cheios de suor e não via nada com o fita nos olhos, por fim avisto-o, mas não o posso saudar, nem fazer nenhum gesto com a cara...creio que se me estampou o ríctus do sofrimento na cara e não era capaz de o tirar. Já tinha conseguido o nível de concentração que me permitia sofrer a tope (de facto até ao momento em que procurei avistar o Charly não me tinha inteirado de que tinha os olhos cheios de suor). O Charly disse-me algo assim como, “mas que vontade de sofrer que tu tinhas”....suponho que pela minha cara. Recordava as palavras de Javier, que me dissera que passando o Miradouro da Reina já estava feito. Bom, pois quando vais mal isso é mentira! – (Tornou-se-me eterno até ao Mirador....o Miradouro não foi tão difícil como esperava...de facto pareceu-me tão difícil, como tudo o que já fizera, e como tudo o que faltava fazer...realmente tornou-se-me muito difícil...e repetia para mim  mesmo uma e outra vez que não me voltariam a ver por ali...isto ajudava-me a terminar, ou pensar que se conseguisse não teria desculpa para voltar e isso também ajudava.... enfim, no próximo ano logo se verá, mas nas piores altura serviu-me de truque. No final, creio que fiz 1115 ou algo parecido, mas tanto se dá...se me tivesse importado a classificação não tinha parado no primeiro abastecimento e esperado pelos outros. O importante para mim era subir os Lagos na estreia, e fi-lo. A minha média até Covadonga era 27km/h, e lá em cima só 21Km/h ...ou seja uma ascensão patética (na da Gamonal, como referencia, em Soterrana a media era 19'5Km/h, e na Via Para, também 19'5km/h). No cimo vi o Eugenio, e um tipo do CC Oviedo que a organização tinha contratado como massagista, que me viu com as pernas tão atadas ao caminhar, que disse que me dava uma massagem. Depois da massagem recuperadora (no dia seguinte não me doíam nada as pernas), o Eugenio ajeitou-se, e também a ele lhe deram a massagenzita. Depois, quando já íamos a descer vimos os outros da lista, e tirámos fotos. Após as queixas  porque não tinha havido comida no cimo, descemos. Embaixo em Covadonga conheci o Ramon, outro veterano da lista que até agora não tinha tido o gosto de conhecer. Eu fui de carro para casa desde ali, e os outros regressaram de bicicleta a Llanes. Creio que Ramon disse que se nos tivéssemos inscrito, os da lista, como se tratasse de um único clube, teríamos ganho o trofeu do clube mais numeroso, mas não. Nava 2000 participou com mais de 20 ciclistas, e o clube que ganhou esse trofeu levou quase 40....assim não teríamos ganho nem por sombras). De todas as formas, sempre é boa ideia tê-lo em conta para outros eventos cicloturistas em que nos reunamos.

No que respeita à organização....creio que há que dizer umas quantas coisas. Creio que em muitos aspectos a organização deixa muito a desejar, mas não creio que façam negocio com a cicloturista dos Lagos.....o que se passa é que é muito discutível o seu critério de distribuição do dinheiro. Vejamos: Uns 2900 ciclistas a 3000pts a inscrição, perfazem um montante inferior aos 9 milhões de pesetas (54091,09 euros, - desta vez não me equivoquei).

 E os seus gastos: contratar a Guarda Civil para vigiar a estrada, e lhes cortar o transito... custou: Um milhão e meio de pesetas (9015,18 euros). (Os Lagos encerrados desde as 8 :30.... de mal a menos, porque com o dia como estava a subida ia ficar impossível....havia de ter que ver, toda aquela gente que estava em Covadonga, e que tinha ido até ali com a esperança frustrada de subir aos lagos....parque natural convertido em romaria aos fins de semana, quando está bom tempo).

(A organização alugou um hotel inteiro em Llanes durante dois dias para organizar a marcha....dado que eles não são de Lanes, e sim de Nava. Não sei quanto isto custou, mas de certeza que uma burrada.

Creio que têm que pagar algum dinheiro pelos possíveis danos ecológicos que fazem os participantes ao parque natural....supõe-se que para pagar a recolha do lixo??

A petiscada de Llanes (a que eu não fui) custa umas massas....embora todos estejamos de acordo de que o melhor era se a guardassem, gastando mais em abastecimento ou cobrando menos de inscrição.

As pessoas da organização, na sua maior parte, não são do clube, eles participam na prova....e não sei se os toparam, mas tinham conhecimentos, mas muitas, muitas pessoas, com o peito amarelo da organização, em todos os cruzamentos que são muitos...pois bem, creio que lhes pagam algum dinheiro, a esses dos cruzamentos.

Sei que dantes retiravam algum dinheiro que entregavam a uma equipa ciclista de cadetes....mas creio que hoje em dia não retiram um tusta....em qualquer caso è um clube que não cobra nada por se ser membro, assim se se auto financiam por intermédio da prova é porque precisam. Suponho.

Em definitivo, não creio que se encham de ouro graças à prova, mas parece-me muito muito discutível a sua forma de administrar uma quantia tão elevada.

Quanto à assistência medica e mecânica creio que estiveram bem. Uma bicicleta de 2 lugares (tandem) partiu uma roda (???) durante subida aos Lagos e fizeram subir uma roda na moto,
desde Covadonga com bastante celeridade.

Outro tema em que se tocou na C.lista, antes dos Lagos e que deixa rasto, é o de fazer parar os cicloturistas que se escapam logo nas primeiras mudanças. Este ano não os fizeram parar. Chegaram a ter uma diferença de 15 minutos....coloquem-se na situação de qualquer pessoa que quer ou necessita circular pela estrada, mas impedem-lhe a passagem uns cicloturistas que vão fugidos. E essa pessoa fica parada num cruzamento esperando e esperando....e vê que pela estrada não passa ninguém durante quinze minutos....e após esse tempo passam montes de ciclistas, sabe Deus durante quanto tempo (porque não é um pelotão de 200 ciclistas ao todo como numa competição oficial...são quase 3000 cicloturistas com níveis muito distintos)...o mínimo é apanhar uma pilha de nervos tremenda....E o mais engraçado é que, segundo me disseram, desses escapados que chegaram a ter 15' de vantagem o melhor chegou no posto 100. Creio que, se fecham a estrada para os cicloturistas é normal que não consintam fugas....pelo menos até ao final. E não deveriam tê-lo feito este ano.

O tema da lixeira: Deram-me como desculpa para o facto de não haver comida lá no cimo de que as pessoas eram muito porcas (o que é verdade) e atiravam foras todos os invólucros pelo chão, e isso não se pode permitir num parque natural. Mas que parvoíce de desculpa....vamos a ver se não se podem pôr figos, amêndoas, maçãs, etc. De todas as formas no abastecimento de Covadonga davam as garrafas de agua abertas e as de coca também, para que a gente não levasse as taras, uma medida que me pareceu acertada (depois do que tinha visto a seguir ao abastecimento real)....pois não vá a gente, em vez de deixar as garrafas vazias nas mesas, ou nos sacos de lixo (ou inclusive no chão), e as deitam atrás de tudo, num sitio em que havia umas balsas, onde a gente ia mijar...mas não é que as deixassem ali...senão que as lançavam até as balsa...estão a ver os da organização depois a ir por ali adentro das balsas mijadas para recolher a merda que deixam os PORCOS. Tampouco “cacei” algum destes.

E bom...isto é tudo...pelo menos tudo o que se me ocorre agora.

Ciao!

publicado por Ubicikrista às 16:51

publicado por Ubicikrista às 16:44

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