10 de Maio de 2016

FICÇÃO

Todos os anos por esta altura as câmaras municipais mandam

 limpar as ervas na beira das estradas por onde circulamos

Zé Katheter não gostava só de andar por estradas boas, sentia-se na obrigação, durante os seus passeios de bicicleta, de visitar amigos e familiares que viviam nos recônditos mais inóspitos. Quando demorava algum tempo a voltar a esses lugares verificava que com o passar dos anos as ervas daninhas e os galhos caídos das árvores iam estreitando essas estradas secundarias. Não havia grande problemas quando ia sozinho ou com um ou dois companheiros, lá se iam desviando dos escombros e passavam. O pior é quando levava com ele um grupo de ciclistas e não cabiam, no que já pareciam veredas, todos ao mesmo tempo, originando travagens, apertos e engarrafamentos, e os eminentes bloqueios na circulação com as bicicletas engalfinhadas na via.

O grupo deu sinais de mal estar quando começou a sentir na pele o incomodo das quedas e das esfoladelas, no corpo e nas bicicletas, e queixou-se ao administrador das estradas pela incúria de deixar obstruir as vias, que ponderou para si duas estratégias: ignorava a queixa e deixava a estrada morrer aos poucos bem como todas as aldeias envolventes, e quando esta ficasse quase totalmente coberta de vegetação mandaria então fazer uma ponte que passasse por cima daquela estrada obstruída e ligasse a uma com fluidez na circulação mais à frente. Era dispendiosa e tardia, um recurso para quando já nada mais há a fazer por uma zona morta e intransitável, segundo opinião de consultores a quem recorreu.

A outra solução a ser feita de imediato, antes que o problema se agudize, foi mandar alargar os locais onde a estrada mais se estreita por força da vegetação e colocar lá um cilindro de alvenaria na horizontal, que impede que a vegetação entre na estrada. E bastaram 3 ou 4 manilhas para que a estrada voltasse a ver fluir o transito normalmente.

O administrador prometeu a si mesmo aderir de imediato (para toda a vida) a um plano de limpeza e manutenção de todas as sua vias para poder voltar a andar de bicicleta. Saudemo-lo.

publicado por Ubicikrista às 02:10

02 de Julho de 2015

Aquela notícia do roubo da arte sacra distraira-o a manhã toda, mesmo na paragem em mourão para meter “gasolina”.

Não é que se interessasse particularmente pelos assuntos religiosos, mas não lhe saia da cabeça o facto do presidente do clube rival ter sido apanhado em flagrante a roubar arte sacra, alguém o fotografara a “desviar” jesus da catedral. É por estas e por outras que o papa hesita visitar Portugal em 2017, mal se inteirou que 6 milhões de portugueses deixaram de “acraditar” em jasus, desde que o atiraram aos leões. Mas a acontecer a visita, justifica-se fátima ser considerada a santa mais sexy do mundo. Já é o terceiro papa que ela faz vir cá.

publicado por Ubicikrista às 17:08

02 de Setembro de 2014

Entre jogadores:

Vais para o Chelsea? Não, mas não me importo que o Drogba!

Entre nós não é costume aventurarmo-nos em trocadilhos com os nomes uns dos outros ou colocar alcunhas nas comparações com ciclistas do pelotão profissional. Exceções:

  • Em tempos só por pirraça da estatura e fita na cabeça, andou connosco o espanhol Alvaro PINO
  • Depois bandeando-se aos ziguezagues a subir e florindo o jersey da Kelme ei-lo igualzinho ao Escartin
  • Segui-se o Vinokourov, mas a coisa não correu bem. A comparação era evidente devido à cor da bicicleta e do equipamento, além das parecenças capilares. Quando nos referíamos a ele usávamos o nome do ex-Astana, mas sem ele saber. Quando um se atreveu diretamente, insurgiu-se e disse que nunca mais queria que lhe chamassem tal.
  • O nome subsequente foi o “bacalhau” só porque enfardava (não o dito mas a roupa) à Ribeiralves.
  • Recentemente surgiu o duplo do Rui Costa, luzindo o arco-iris antes do rui sonhar tal, mas com a mesma simpatia, simplicidade e demonstrando não ser nenhum calhau a subir
  • Finalmente ai temos o Nairo Quintana, no modo de pedalar, do capacete e do aspeto físico sempre que se põe de pé, pronto a dar às de vila diogo quando o andamento sobe.

Nisto dos nomes Se bola uma oportunidade ele trepa bem e sem raleira nenhuma não move uma palha.

Mas se transviarmos para a Vuelta deste ano é um fartote:

O Rui tem na equipa um colega colombiano com um nome que todos os homens sonham, Winner ANACONA, que não precisa de fazer nada, por si só é já um vencedor (winner)

Na Movistar, ao pagarem os prémios, davam ao Rui cheque em branco e ao Alejandro VAL VERDE

Ao sair, novo contrato para o Rui e guia para o Alessandro DE MARCHI (ita)

O Rui de bicicleta anda mais que o Roberto de FERRARI (ita).

O “Purito” Rodrigues já não gosta de ir ao Tour mas o Rui Costa

Aviso ao mecânico do Giampaolo (ita) CARUSO, mas rodas baratas nem vê-las

Se o Jonathan FUMEAUX (sui), o Thibaut PINOT (fra), mas POZZATO (ita) só o Filippo

Há equipas que não conseguem dopar ciclistas, mas ao Hubert DUPONT (fra)

O ciclista africano (eri) lamenta-se porque o Laurens TEN DAM (ned) e ele não

Ciclismo sem racismo: o Menchov é russo, o Daniel MORENO (esp) e o Esteban RUBIO (col)

O massagista chinês defende o uso geral de spray nos ciclistas e no Dominic KLEMME (ger)

Das raras bicicletas que se riscam nas quedas só a do Francesco LASCA (ita)

O médico após uma queda: Já disse que limpo as feridas mas o Daniel NAVARRO (esp).

Este por sua vez afirmava: O braço não me dói mas ao Romain HARDY (fra)

Não quero selins duros que me dão cabo do traseiro, pediu o Damiano CU NEGO (ita)

Soubeste das quedas do Quintana? Não mas do Geoffrey SOUPE (fra)

Eu não sou dos que gostam de lhe lhe dar forte nas descidas, mas se tu HESJEDAL, Ryder (can)

Não te vi a treinar de bicicleta mas de POPOVYCH, Yaroslav (ukr)

Sempre que o australiano não está na frente do pelotão todos perguntam, Cadel EVANS?

Se todos usam capacete porquê o Lluis BONET (esp)

Sempre que entra numa fuga o Danilo WYSS (sui)

O Garmin do Froome conta a relação potencia/cadencia mas do Alberto CONTADOR (esp)

O chá de tília é bom para os ciclistas, mas o melhor é o Chad HAGA (usa)

O ciclista órfão adotou como idolos o Nikolas MAES (bel) e o Bruno PAIS (por)

Grande desilusão no inicio da volta à suíça: o Fabian CANCELLARA (sui)

PS: O BRAMBILLA (ITA) insistiu em lutar pela camisola da combatividade

publicado por Ubicikrista às 13:10

04 de Fevereiro de 2014

Carisma

Não há universidade que nos tire da idade da pedra lascada,

Miguel Torga

Antes do 25 de abril para entrar no sanches de miranda e no campo estrela os miúdos só o podiam fazer acompanhados de um adulto, daí o peditório à porta destes templos:

- Mestre, leve-me consigo

Só nessa altura era permitido a um desconhecido pegar num braço do filho de outro. Uns nunca mais os víamos, outros era por eles que esperávamos em dias de jogos porque já sabíamos que dali não vinha nega. Se, durante as semanas seguintes, encontrávamos algum na rua curvávamo-nos com humildade agradecida. Muitos nem se lembravam de nós.

publicado por Ubicikrista às 00:57

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