Chegar, ver e vencer. Do latim, veni, vidi, vici
Era a sua primeira corrida do género e ganhou-a. Passara a vida a contratar pessoas para desempenhar aquelas funções noutras paragens. Nunca tinha pensado entrar numa prova assim. Não eram muitos é verdade, mas entre os mais de 20, havia alguns com muita experiencia de muitos anos naquilo. Queria aquela vitoria a todo o custo. Sabia quanto ela é importante, porque traz privilégios únicos ao seu portador: melhor colocação que os seus adversários e melhor leitura dos acontecimentos, melhores fotos etc. Quando toca a dar de beber à dor é o mais rápido e o que provoca menos desgaste e melhor recuperação em qualquer elemento da equipa que dele se aproxime. E então quando se dão fugas com mais de um minuto nos últimos km pode ultrapassar e saltar lá para a frente com autorização do diretor da corrida, se lá for um dos dele (minuto 18.40).
É verdade que para estar ali abdicara de disputar outro troféu matinal dos domingos (que o recente medalhado no pódio do madrid-lisboa tão bem denominou), a que raramente falta, porque gosta de participar mas nunca de o disputar. Até porque já não tem condições psicológicas para o fazer, alega.
Há quem diga tratar-se da famosa sorte de principiante, mas verdade é que quando questionado sobre como é ser-se bom a ir às sortes, disse:
- Vi onde estava o papelinho com o número um desde o princípio e ninguém o tirava. Quando chegou a minha vez ganfei-o.